A palavra Vishnu significa "aquele que tudo penetra", ou "aquele que tudo impregna".
É apresentado de duas formas principais:
Deitado em uma serpente de mil cabeças, flutuando num oceano de leite. Neste caso é chamado de Narayana, aquele que mora nas águas cósmicas. De seu umbigo sai um lótus onde está Brahma, o criador. A seus pés está Lakshmi, representando a beleza e a riqueza que devem se curvar diante do Absoluto. Envolvendo o lótus está uma serpente, Shesha, ou Ananta, que simboliza a eternidade. Ela possui mil cabeças voltadas para o Senhor Vishnu, representando o ego com seus mil desejos e pensamentos que reconhecem o Absoluto.
Vishnu é representado também em pé, sobre um lótus ou uma serpente. Representa o sábio indicando a busca do conhecimento. Apresenta quatro braços, tendo em cada mão um lótus (o conhecimento que sustenta a pureza da mente), um disco (a destruição da ignorância e dos apegos), uma concha (a origem da existência, os cinco elementos) e uma arma, a massa (o poder do conhecimento, o poder do tempo).
Vishnu é tido como o preservador do universo, enquanto os dois outros deuses maiores, Brahma e Shiva, são considerados os criadores e destruidores do universo, respectivamente. Os seguidores de Vishnu são chamados Vaishnavites.
Como preservador do cosmos, Vishnu mantém as leis do universo. Ao contrário de Shiva, que freqüentemente busca refúgio na floresta para meditar, Vishnu constantemente participa de conquistas amorosas.
Enquanto a ordem prevalece no universo, Vishnu dorme. Assim como Shesha flutua através do oceano cósmico dando sustentação à Vishnu, o universo surge do sonho de Vishnu. Mas quando há desequilíbrio no universo, Vishnu se utiliza de seu veículo, Garuda, e guerreia com as forças do caos, ou ele envia um de seus avatares (ou encarnações) para salvar o mundo.
01. O peixe Matsya
02. A tartaruga Kurma
03. O urso Varaha
04. O homem-leão Narasimha
05. O anão Vamana
06. O padre guerreiro Parashurama
07. O príncipe Rama
08. O pastor de animais Krishna
09. Buddha-Mayamoha
10. O cavaleiro Kalki
Sua Shakti, ou seja, seu aspecto feminino, sua consorte é Lakshmi, deusa da prosperidade, riqueza e da beleza.
Afirma-se que Vishnu encarnou-se várias vezes para restabelecer a ordem moral (dharma) na Terra. Suas dez encarnações (avatâra, "descida") são as seguintes:
1. Matsya ("Peixe") encarnou-se com o propósito específico de salvar Manu Satyavrata, progenitor da raça humana, durante o dilúvio que inaugurou o presente ciclo da humanidade.
2. Kûrma ("Tartaruga") tomou forma a partir da infinitude de Vishnu para recuperar vários tesouros perdidos durante o dilúvio, especialmente o elixir da vida. Tanto as divindades (deva ou sura) quanto as contradivindades (asura) colaboraram para bater o oceano como se bate o leite para tirar manteiga, usando a serpente cósmica (Ananta) como corda e Mandara, a montanha cósmica, como vara de bater. Kûrma serviu como pivô para a vara. Com isso, todos os tesouros perdidos foram recuperados, restabelecendo-se assim a ordem e o equilíbrio universais.
3. Varâha ("Javali") nasceu com a missão de destruir o demônio Hiranyâksha ("Olhos de Ouro"), que havia inundado a Terra inteira.
4. Nara-Simha ("Homem-Leão") se manifestou a fim de destruir o maligno imperador Hiranyakashipu ("Vestimenta de Ouro"), que havia tentado, sem conseguir, matar o seu filho Prahlâda, grande devoto de Vishnu. Em virtude de uma dádiva que lhe tinha sido concedida pelo próprio deus Brahma, Hiranyakashipu não poderia ser morto nem de dia nem à noite, nem por um homem, um animal ou uma divindade, nem lado de fora nem do lado de dentro das muralhas do seu palácio. Por isso, Nara-Simha surgiu no crepúsculo, sob a forma de um ser humano com cabeça de leão, e dentro de um pilar. Com suas garras dilacerou o corpo do rei e o destruiu.
5. Vamâna ("Anão") encarnou-se especificamente para vencer o demoníaco Bali, que havia usurpado o lugar das divindades e obtido o domínio sobre o universo. Vamâna pediu a Bali que lhe desse o quanto de terra lhe fosse possível transpor com três passos. Achando graça no pedido, o demônio imperador o atendeu. Vamâna deu dois passos e transpôs com eles toda a criação; com o terceiro passo, plantou o pé sobre a cabeça de Bali, empurrando-o para os mundos infernais. Como Bali tinha algumas virtudes, Vamâna concedeu-lhe o império sobre o mundo inferior. Os três passos de Vishnu são mencionados já no Rig-Veda (p.ex., 1.23.17-18,20).
6. Parashu-Râma ('Râma com o Machado") foi uma encarnação guerreira. Destruiu vinte e uma vezes a casta guerreira, o que é indício de um forte conflito entre os kshatriyas e os brâmanes numa época recuada.
7. Râma ("O Escuro" ou "O Agradável"), também chamado Râmacandra, foi o soberano justo e sábio de Ayodhyâ e um contemporâneo mais jovem de Parashu-Râma. A história de sua vida nos é relatada pela epopéia Râmâyana. Sua esposa Sîtâ ("Sulco [de arado]"), freqüentemente identificada à deusa Lakshmî ("Bom Sinal"), simboliza o princípio da fidelidade conjugal, do amor e da devoção. Foi raptada pelo rei-demônio Râvana, cujo reino talvez se localizasse no atual Sri Lanka (Ceilão), e resgatada pelo semideus Hanumat, de cabeça de macaco, que representa o princípio do serviço fiel.
8. Krishna ("O que Puxa") é o Deus-homem, cujos ensinamentos estão registrados no Bhagavad-Gîtâ e em muitas outras partes da epopéia Mahâbhârata. A morte de Krishna deu início ao kali-yuga, a era de trevas na qual ainda estamos e cuja duração total é calculada em alguns milhares de anos.
9. Buddha ("O Desperto") nasceu para desorientar os malfeitores e os demônios. Algumas autoridades não crêem que esse avatâra tenha sido Gautama, o Buda, mas é praticamente impossível duvidar de que era a ele que se referiam os brâmanes que formularam a doutrina das dez encarnações.
10. Kalki ("O Vil", "O Humilde") é o avatâra que ainda não veio. Vários Purânas o representam montado num cavalo branco e empunhando uma espada de fogo. Sua tarefa será a de destruir este mundo (yuga) e fundar a nova Era de Ouro, ou Era da Verdade (satya-yuga).
1. Matsya ("Peixe") encarnou-se com o propósito específico de salvar Manu Satyavrata, progenitor da raça humana, durante o dilúvio que inaugurou o presente ciclo da humanidade.
2. Kûrma ("Tartaruga") tomou forma a partir da infinitude de Vishnu para recuperar vários tesouros perdidos durante o dilúvio, especialmente o elixir da vida. Tanto as divindades (deva ou sura) quanto as contradivindades (asura) colaboraram para bater o oceano como se bate o leite para tirar manteiga, usando a serpente cósmica (Ananta) como corda e Mandara, a montanha cósmica, como vara de bater. Kûrma serviu como pivô para a vara. Com isso, todos os tesouros perdidos foram recuperados, restabelecendo-se assim a ordem e o equilíbrio universais.
3. Varâha ("Javali") nasceu com a missão de destruir o demônio Hiranyâksha ("Olhos de Ouro"), que havia inundado a Terra inteira.
4. Nara-Simha ("Homem-Leão") se manifestou a fim de destruir o maligno imperador Hiranyakashipu ("Vestimenta de Ouro"), que havia tentado, sem conseguir, matar o seu filho Prahlâda, grande devoto de Vishnu. Em virtude de uma dádiva que lhe tinha sido concedida pelo próprio deus Brahma, Hiranyakashipu não poderia ser morto nem de dia nem à noite, nem por um homem, um animal ou uma divindade, nem lado de fora nem do lado de dentro das muralhas do seu palácio. Por isso, Nara-Simha surgiu no crepúsculo, sob a forma de um ser humano com cabeça de leão, e dentro de um pilar. Com suas garras dilacerou o corpo do rei e o destruiu.
5. Vamâna ("Anão") encarnou-se especificamente para vencer o demoníaco Bali, que havia usurpado o lugar das divindades e obtido o domínio sobre o universo. Vamâna pediu a Bali que lhe desse o quanto de terra lhe fosse possível transpor com três passos. Achando graça no pedido, o demônio imperador o atendeu. Vamâna deu dois passos e transpôs com eles toda a criação; com o terceiro passo, plantou o pé sobre a cabeça de Bali, empurrando-o para os mundos infernais. Como Bali tinha algumas virtudes, Vamâna concedeu-lhe o império sobre o mundo inferior. Os três passos de Vishnu são mencionados já no Rig-Veda (p.ex., 1.23.17-18,20).
6. Parashu-Râma ('Râma com o Machado") foi uma encarnação guerreira. Destruiu vinte e uma vezes a casta guerreira, o que é indício de um forte conflito entre os kshatriyas e os brâmanes numa época recuada.
7. Râma ("O Escuro" ou "O Agradável"), também chamado Râmacandra, foi o soberano justo e sábio de Ayodhyâ e um contemporâneo mais jovem de Parashu-Râma. A história de sua vida nos é relatada pela epopéia Râmâyana. Sua esposa Sîtâ ("Sulco [de arado]"), freqüentemente identificada à deusa Lakshmî ("Bom Sinal"), simboliza o princípio da fidelidade conjugal, do amor e da devoção. Foi raptada pelo rei-demônio Râvana, cujo reino talvez se localizasse no atual Sri Lanka (Ceilão), e resgatada pelo semideus Hanumat, de cabeça de macaco, que representa o princípio do serviço fiel.
8. Krishna ("O que Puxa") é o Deus-homem, cujos ensinamentos estão registrados no Bhagavad-Gîtâ e em muitas outras partes da epopéia Mahâbhârata. A morte de Krishna deu início ao kali-yuga, a era de trevas na qual ainda estamos e cuja duração total é calculada em alguns milhares de anos.
9. Buddha ("O Desperto") nasceu para desorientar os malfeitores e os demônios. Algumas autoridades não crêem que esse avatâra tenha sido Gautama, o Buda, mas é praticamente impossível duvidar de que era a ele que se referiam os brâmanes que formularam a doutrina das dez encarnações.
10. Kalki ("O Vil", "O Humilde") é o avatâra que ainda não veio. Vários Purânas o representam montado num cavalo branco e empunhando uma espada de fogo. Sua tarefa será a de destruir este mundo (yuga) e fundar a nova Era de Ouro, ou Era da Verdade (satya-yuga).
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